A celebração da esperança viva


Esta festa nos fala da abertura do Reino de Deus, abertura de suas portas de para em par, para acolher todos aqueles homens que tem fé e se arrependem, que buscam fazer a vontade de Deus e lutar contra o inimigo, ou seja, Deus acolhe em sua casa todos os eleitos. É uma nova História, ou melhor, é o tempo do Reino de Deus.


Se antes Deus possía um povo, o Povo de Israel, agora o Senhor torna público, de modo absoluto, o Reino de Deus e a universalidade do Povo de Deus, a Igreja.

No presépio tivemos representando Israel através dos pastores; agora, representando toda a Humanidade, temos os Magos. Portanto, a festa da Epifania celebra a manifestação do Amor de Deus pelo mundo, não apenas ao Povo da Antiga Aliança, mas a todos os Povos de todos os Tempos!

Isso também vale para nós cristãos. Não somos donos do Senhor, mas temos a grata, a sublime missão de anunciá-lo a todos os homens. Não somos nós os batizados em nome da Trindade e nem os filhos da Antiga Aliança, os únicos chamados ao banquete celestial, mas todos aqueles que tem acredito em qualquer tempo e lugar.

O Povo da Aliança deixa de ser um povo marcado pelo mesmo sangue e pela mesma cultura e passa a ser composto por aquelas pessoas que aceitam os ditames do "Deus conosco", do Príncipe da Paz que surgiu na noite de Natal, e ressuscitou ao terceiro dia após ter sido setenciado como blasfemo e criminoso – por ter dito que era Deus e que era Rei - em uma cruz ao lado de dois criminosos. Os ditames desse Rei diferente de todos os demais são: amor, perdão, fé, esperança, simplicidade de vida, e generosidade.

Nas festas de Natal demonstramos nosso poder aquisitivo na compra de presentes e no preparo de nossa ceia, contudo a comida já foi para um lugar escuso e os presentes ou começaram a perder o seu valor e poderão irão parar nas mãos de quem não amamos. O tempo corrói! Mas as esmolas que demos, as visitas que fizemos, o tempo gasto com pessoas esquecidas pela sociedade e também o tempo dedicado à oração foram contabilizados na economia da salvação, se transformaram em bens de eternidade, de acordo com os valores do grande Rei, o menino que nasceu no presépio, cresceu para ser homem e morreu na cruz, após lavar os pés de seus discípulos.

Precisamos mudar o nosso modo de pensar e de agir, se desejamos ver o Reino de Deus e meio de nós. Temos consciência disso tudo, somos discipulados, praticamos a evangelização, mas o velho e viciado modo de pensar e de agir, fala mais alto na hora das decisões. É preciso a sabedoria e a santidade de Deus para vivermos de acordo com o Evangelho de Jesus Cristo. A salvação não virá dos poderosos, nem do dinheiro, nem da sociedade consumista. Será de um coração arrependido, cheio de fé e com temor santo, que confia em Deus e nele tem sua única riqueza que o Senhor se servirá para fazer o bem.

Tenhamos a coragem de romper com os vícios do passado e vivemos a autenticidade do Evangelho. Sejamos luz do amor de Deus, permitamos que em nós Ele faça sua Epifania como a fez em tantos homens e mulheres de todos os tempos. É preciso coragem! Não tenhamos medo! Coragem! Jesus disse que somos “sal da terra e luz do mundo”.

Coragem, Ele venceu o mundo!


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