O DÍZIMO, o que realmente a Novo Testamento diz


Tenho observado como os jovens cristãos estão reagindo diante de prática terríveis na igreja evangélica nos dia de hoje, contudo a reação está levando a considerar outros erros como válidos. Muitos deles terminam saindo das chamas e caindo no fogo para não ter uma melhor expressão.

Leia, faz uns dias, um breve mensagem publicado em um mural do Facebook. No qual, em poucas palavras, tentava justificar que o dizimo não era mais relevante para os cristãos, devido a que estamos na Nova Aliança. Depois de orar e refletir, finalmente decidi escrever estas linhas:
Se é verdade que Jesus critica a atitude dos fariseus em Mateus 23:23, pela falta de justiça, contudo não se pode chegar a conclusão a partir deste texto que o dizimo não seja também uma pratica para a igreja. Pelo contrário, este texto mostra como era uma prática seguida nos dias de Jesus, e Jesus nunca diz uma só palavra em contra do dizimo. 
O maior problema que Jesus encontra nos seus dias, é que as pessoas pensavam que podiam ganhar o favor de Deus através do dizimo. Isto seria comparável a prática de muitos "cristãos" nos dias de hoje. Eles dão o dizimo, tentando ganhar o favor de Deus. Isto seria exatamente o que Jesus mostrou estar errado, uma vez e outra.
Uma vez dito isto, observamos que não existe nem um só texto no NT mostrando que o dizimo seja contrário a Nova Aliança. Isto seria o que se poderia esperar, se fosse assim, porque encontramos ensinos do AT os quais Jesus mostra uma atitude crítica diante das mesmas. 
Entendo que existe uma prática errada em muitas igrejas que envolve o dizimo, contudo não esqueçamos que o fato de que isto aconteça, invalida os mandamentos de Deus. 
Minha experiência, e não é pouca, é que as pessoas contrarias ao dizimo, geralmente defendem a idéia da oferta voluntária e tentam mostrar como esta vai além do dizimo, mas eles nem dão uma oferta que se aproximei o mínimo ao dizimo, enquanto gastam o dinheiro para alimentar os desejos do seu coração. Ainda quando estes estejam revestidos de santidade. 
O dizimo nos testa naquilo que o homem é mais fraco, "Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e por causa dessa cobiça alguns se desviaram da fé e se torturaram com muitas dores" (1 Timóteo 6.10) 
Por isso, Jesus diz sobre o exemplo da viuva, "seus observava os ricos que colocavam suas contribuições no cofre de ofertas; viu também uma pobre viúva colocar ali duas moedas pequenas; e disse: Em verdade vos digo que esta viúva pobre contribuiu mais do que todos; pois todos aqueles deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua pobreza, deu tudo o que tinha para o seu sustento." (Lucas 21:1-4) 
Esta viúva estava cumprindo a sua dever diante da lei de Deus, e possivelmente sua pequena oferta ia além do dizimo, porque era muito pobre. 
Oo Novo Testamento não precisa ocupar muito tempo para falar sobre o dizimo, porque já era um ensino claramente instruído no Antigo Testamento. O Novo Testamento tenta mostrar o jeito adequado de dar o dizimo e ofertar. Em outras palavras, se preocupa da atitude a qual temos quando apresentamos nossos dízimos e ofertas. Isto faz sentido diante dos problemas que Jesus e os apóstolos enfrentaram no Século I e da igreja primitiva. 
Um estudo muito bom sobre esta questão, foi escrito pelo pastor R.T. Kendall, renomado pastor que ocupou o púlpito do D. Martyn Lloyd-Jones na igreja Westminster Chapel, defende de forma simples e clara a posição contrária aqueles que tentam mostrar que o dizimo não é para hoje. O livro de Kendall nos mostra com clareza a obrigação do dizimo. Infelizmente não está em português.  
Finalmente, não esqueçamos que Jesus diz, "não penseis que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir. Pois em verdade vos digo: Antes que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará uma só letra ou um só traço* da Lei, até que tudo se cumpra. Quem, portanto, desobedecer a um desses mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino do céu; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino do céu. Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não superar a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino do céu" (Mateus 5:17) 
Tenhamos cuidado com aqueles que simplificam de tal jeito o Pacto de Deus, negando a relevância da Lei de Deus nos nosso dias, porque a lei de Deus no seu aspecto ceremonial foi abolida, como lemos na carta aos Hebreus, contudo não toda a lei de Deus foi abolida. 
ARTIGO VII – DO VELHO TESTAMENTO: 
"O Velho Testamento não é contrário ao Novo; porquanto em ambos, tanto Velho como Novo, se oferece a vida eterna ao gênero humano, por Cristo, que é o único mediador entre Deus e o homem sendo ele mesmo Deus e homem. Portanto não devem ser ouvidos os que pretendem que os antigos pais só esperaram promessas transitórias. Ainda que a Lei de Deus, dada por meio de Moisés, no que respeita a Cerimônia e Ritos, não obrigue os cristãos, nem devem ser recebidos necessariamente os seus preceitos civis em nenhuma comunidade; todavia, não há cristão algum que esteja isento, da obediência aos Mandamentos que se chamam Morais." 
- Os 39 Artigos da Religião da Igreja Anglicana Reformada do Brasil.

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