Compromisso com Cristo


Quando era estudante em Bethany College of Missions, teve o prazer de conhecer a George Foster quem terminou sendo um amigo. Ele edita uma revista que tem sido lançada por muitos anos. Em um número dela, encontramos uma história das missões que forma levadas pelos morávios. A história é a seguinte:

"Dois jovens cristãos morávios ouviram falar que numa das ilhas das Índias Ocidentais havia um ateu, um inglês, que mantinha ali entre dois e três mil homens como escravos. E ele dizia:

“Nesta ilha, nunca haverá um pregador, nem pastor. Se por acaso um navio naufragar aqui e houver nele um religioso, podemos até deixar que venha para cá, mas o manteremos numa casa separada até que ele possa ir embora. Entretanto, nunca vamos permitir que ele fale de Deus a nenhum de nós. Não quero saber mais dessas besteiras."

Assim, naquela ilha do Atlântico, estavam três mil escravos, trazidos das selvas da África. Ali eles iriam viver e morrer, sem nunca ouvir falar de Cristo. E aqueles dois jovens morávios, com vinte e poucos anos, ouviram essa notí­cia. Então eles se venderam como escravos àquele fazendeiro britânico. Com o dinheiro que receberam, puderam comprar a passagem, pois o homem só pagava aquele mesmo valor para qualquer escravo e não providenciava o traslado para a ilha.

No dia em que iam partir, os irmãos de sua comunidade vieram de Herrenhut até o porto para se despedirem de­les. Como os jovens haviam se vendido como escravos para o resto da vida (e não apenas para um período de quatro anos), nunca mais retornariam à sua terra. É que assim, sendo escravos, poderiam viver como crentes ali onde aqueles outros se encontravam.

Quando o navio, levado pela maré, começou a se afastar do cais, em Hamburgo, entrando nas águas do mar do Norte, os dois iam nele. Seus familia­res choravam, pois sabiam que nunca mais iriam vê-los. E muitos deles não entendiam por que os dois jovens estavam partindo as­sim. Até questionavam se aquilo era mesmo sensato. À medida que a distância ia aumen­tando, as casas da beira do cais iam sumindo da vista e os jovens percebiam a separação crescendo. Então um deles passou o braço pelo do colega, ergueu o outro braço e gritou:

"Que o Cordeiro que foi morto receba a re­compensa de seus sofrimentos!""

Foram as últimas palavras que aqueles irmãos ouviram dos lábios dos jovens. E elas se tornaram o apelo central das missões morávias. Na verdade, elas são a única razão para nossa existência.

Em um tempo, onde veio tantos jovens buscando com fome as verdades das Escrituras, espero e oro que vivam tais verdades com tanta paixão, como debatem sobre questões que não definem nossa salvação ou nossa santidade.

Que o Cordeiro que foi morto receba a recompensa de seus sofrimentos!

A Deus seja toda a glória, agora e para sempre. Amém.

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