De conversas, bate-papos e um bom café...



Foi com surpresa que, recentemente, participe de uma boa conversa sobre a questão da ordenação da mulher, principalmente foram anglicanos, ainda que tivemos também irmãos de outros igrejas.

A conversa foi digna de “gentleman” (cavalheiros), como é próprio de bons anglicanos. Possivelmente, isto é um dos aspectos que resulta mais agradável das controvérsias entre anglicanos, elas sempre são amigáveis. Foi refrescante que, ainda com as diferencias de opinião, percebemos o fato de que temos muito mais em comum.

Ao mesmo tempo, teve lugar outra conversa bem desagradável no Facebook, onde um troco de idéias acabou com ataques pessoais.

Isto me faz pensar como a internet e as novas medias sociais, ainda que importante e, inclusive, essenciais para muitos, são limitadas na sua comunicação, porque falta o aspecto corporal da comunicação.

Uma frase pode ser entendida de diversas formas, dependendo da entonação, atitude facial ou o contexto da conversa. Contudo, as medias sociais não permitem que possamos observar, nem perceber os mesmos. Desta forma, muitas conversações estão condenadas a terminar em um debate, onde as pessoas não se entendam.

Já percebi mais de uma vez, como dois pessoas que compartem muitos pontos em comum, terminam em um debate de idéias contrapostas quando não inicio as suas idéias eram semelhantes.

Isto é devido a falta da comunicação corporal, as dinâmicas do próprio Facebook e, finalmente, as dificuldades de comunicar com claridade as idéias que desejamos comunicar.

Com certeza, tenho observado muitos debates no Facebook, onde simplesmente é um dialogo de surdos. E, outros, as pessoas realmente discordavam realmente.

Isto forma parte da própria vida, nem todos vamos a concordar com todo. De fato, é mais fácil encontrar diferencias nos debates no Facebook que observar os pontos que temos em comum com aqueles que conversamos.

As medias sociais tem permitido o exercício saudável de debater conceitos e idéias. Porém, temos mudados nossas formas de relacionar até o ponto que temos perdido as formas e esquecido as normas de um debate, como “gentleman.”

Assim, observou abismado, como os grupos de Facebook, tem se convertido em um papo de bar entre bêbados que acham que são técnicos da seleção brasileira. Talvez, seja bom por um instante fechar o computador e sair da pantalha quadrada. Quem sabe, descobrimos que tem um mundo além do computador para ser descoberto.

Agradeço a Deus pelo Facebook e os amigos que tenho feito através dele, inclusive aquele com os quais discordo. Contudo, não tem nada melhor que um bom papo com um café em um “bar” (liasse cafeteria no Brasil).

Bem, o café acabou. Vou a por um cappuccino enquanto espero o meu amigo Marcelo chegar.

NOTA: Enquanto estava preparando para postar esta reflexão, aconteceu novamente uma conversa onde uma pessoa interpretava as palavras da outra da forma errada. E a história começa de novo....

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